segunda-feira, 9 de abril de 2007

Devaneio teológico em ressaca pascal

Já de antemão, adianto ao leitor mais preocupado com embasamento teórico, para não continuar a fatigar sua vista, pois talvez não passem de asneiras. Utilizo ainda a dúvida para vetar a profundidade desse meu texto e considerá-lo totalmente uma grande besteira, já que nessa realidade de explicações elas próprias não demonstram nitidamente as suas. Logo, se for patacoada será apenas mais uma, em séculos de coleções de ilusão mitológica de uma humanidade conformada com a fé.

Vamos logo as minhas confabulações pseudoteológicas:

Toda a minha escolaridade foi em uma escola católica. Sou parte de uma família religiosa, e se não são fervorosos, são os famosos católicos não praticantes. Superficialmente, conheço a Bíblia, especialmente o Novo Testamento dos quatro apóstolos mais famosos – não me pergunte os nomes! –, mais trabalhado pela congregação Marcelina na qual estudei. Considero-me cristão e - parafraseando um sábio amigo - de uma religião tão minha, mas tão minha, que se eu encontrar um novo adepto, eu saio fora. “Não há Deus senão o Homem” (A. Crowley).

Creio em Jesus Cristo, apesar de na Santíssima Trindade ser mais afeiçoado com o Espírito Santo – o que não vem ao caso detalhar. A figura do messias me causa fascínio, tanto pela história criada em torno dele - uma fábula belíssima sobre o triunfo do bem -, ou pelo sujeito revolucionário e pacifista que foi: libertário, moderno em seu contexto histórico, um visionário.

Os ideais do pretensioso Mundo Ocidental e os de Cristo coexistem. Daí eu penso, em um devaneio kardecista: não seria o nosso Salvador uma das reencarnações, de tantos os profetas enviados pelo próprio Deus para guiar as civilizações no caminho do bem? Buda, Maomé, Moisés e Jesus, dentre outros menos difundidos, não seriam as várias formas tomadas pelo enviado, cada um adequado à determinada cultura ou costumes?

Quem sabe explique essa temática inusitada, a abstinência de um filho nas mãos de uma mãe com repentes religiosos, abolindo por quase uma semana um vício desse que vos escreve: CARNE. Ainda em tempo: desde pequeno não entendo o motivo de celebrarmos a carne Dele com pão! Mas é idiotice só, já que não bebemos sangue. Pelo menos de modo literal, não temos o hábito.

Fica a pergunta, procurando algum outro para responder ou perguntar em parceria.

Ps: Agradeço a Deus ter o que comer, mas para o meu desconsolo, o almoço de hoje foi o resto de ontem: PEIXE.

Um comentário:

Unknown disse...

Texto muito bem escrito, com uma pitada de crítica e sarcasmo, típico de um jornalista.
Parabéns!
Manú®