sábado, 17 de novembro de 2007

Versos desprevenidos

Eu não vou mais calar a paz
Calarei apenas a tua voz com o nosso silêncio
Colando minha língua na tua
Meu corpo no teu
Nossa vontade em uma só

Nua.
Desprevenida, tal qual esses versos
Te vejo mesmo que
Vestida

Em tuas retas e tuas curvas
Em pêlos e pela mão que me graceja
Deseja o meu desejo
Desejo o que deseja
Te beijo e me beija

Vendo-me, livra-te de tuas vendas.

Vendo-me - me vê;
Vendo-me - me compra;
Vendo-me - me fecha os olhos ao calar minha boca
Com qualquer pedacinho de corpo teu.

Nenhum comentário: